Papel da região na gestão de riscos de desastres é discutido em Passo Fundo

Mesa Temática, promovida pelo Governo do Rio Grande do Sul, com o apoio do Comitê Rio Passo Fundo e da UPF, aconteceu nesta terça-feira abordou as prioridades da política estadual de gestão de riscos de desastres

 

 

     Com a proposta de definir uma política pública de gestão de riscos de desastres, envolvendo o setor público privado e a sociedade civil do Rio Grande do Sul, o Comitê Rio Passo Fundo e a UPF receberam, na tarde desta terça-feira, 15, uma equipe do Governo do Estado que, através da Mesa Temática “O papel da região na formulação da Política Estadual de Gestão de Riscos de Desastres no Estado” buscou fornecer um olhar atento sobre a gestão de riscos de desastres em todo o Estado, ainda, colher dados, informações e sugestões da região para a elaboração de um Anteprojeto de Lei da Política Estadual de Gestão de Risco de Desastres que vai ser constituído a partir de atividades como esta que estão sendo realizadas em todo o estado. A atividade contou com a presença de entidades ambientalistas, municípios da região, comunidade acadêmica e outras instituições ligadas ao tema.

 

Projeto elaborado com um olhar histórico

     A partir de um olhar baseado na história dos desastres em todo o mundo, a Política Estadual deverá ser baseada em dados fornecidos por cada região do Rio Grande do Sul e, também, de estudos que vem sendo realizados dentro do Projeto Política Estadual de Gestão de Riscos de Desastres. “Depois da região sudeste, a região sul é a mais afetada por desastres no país. O Rio Grande do Sul está sendo pioneiro na formulação de uma política. Os desastres são repetitivos, acontecem na mesma data e mesmo local. O que muda é magnitude desses desastres. Então, com os dados certos, é possível identificá-los. E, na realidade, o problema é que temos vários órgãos do estado fazendo algo com relação a desastres. Nenhum deles trabalha de forma integrada. Não há integração das ações distribuídas pelo estado que, se trabalhassem de forma harmonizada, poderia já se ter estruturada uma política. A nossa ideia é articular ações entre os órgãos de administração pública estadual”, explica Tânia Maria Sausen, geógrafa e coordenadora do projeto. 

     Para o presidente do Comitê Rio Passo Fundo, Claudir Luiz Alves, discutir o tema na cidade é essencial já que é aqui que nascem 60% das águas que abastecem todo o estado. “Aqui, na região de Passo Fundo, temos a estrutura para minimizar o impacto de enchentes, por exemplo. É válido lembrar que as enchentes ocorrem em Uruguaiana e Porto Alegre, mas as nascentes das águas que vão para lá estão aqui, no Berço das Águas. Então temos que nos preocupar com a qualidade das nascentes e com a estrutura que temos para prevenir qualquer desastre que possa vir a acontecer”, comenta.

     A Mesa Temática em Passo Fundo foi 11ª de uma série que vem sendo realizada: sete delas foram realizadas na capital e outras três no interior; depois de Passo Fundo, a cidade de Pelotas vai receber o evento e encerrar a etapa das mesas temáticas. A proposta é que, através do planejamento participativo, possa ser elaborado um diagnóstico capaz de observar problemas, percepções e entendimentos acerca da questão dos desastres no Estado.